sábado, 30 de março de 2024

COMEMORAR 50 ANOS DEPOIS DA NOSSA LIBERTAÇÃO É UM DEVER E UM DIREITO

 Comemorar os 50 anos depois do dia da nossa libertação, esse dia 25 de Abril de 1974, é um dever e um direito. 

Mas, devemos estar sempre atentos, pois, há quem nos queira voltar a amordaçar. 

Ainda há quem não tenha percebido que, se hoje podem falar abertamente, reunir, sem andar a olhar para trás com medo, devem-no ao 25 de Abril, aos capitães de Abril.

Sempre atentos porque eles andam aí e querem o regresso a um passado sombrio, a um passado sem liberdade.

sexta-feira, 29 de março de 2024

A VIDA ATRIBULADA DOS JORNAIS

 Pelo que vamos constatando, a vida não está boa para jornais e jornalistas.

Veja-se o que tem vindo a acontecer com o DN e o JN, só para referir alguns.

Recordando, ao longo destes 50 anos, houve jornais que apareceram e desapareceram, Alguns regressaram.

No entanto, falando dos regressados, não há certezas de que não possam desaparecer de novo.

A vida de jornais e jornalistas continua muito atribulada.

É preciso que estejamos todos ao lado de quem faz diariamente jornalismo, de quem nos dá notícias.

quinta-feira, 28 de março de 2024

NOS 50 ANOS DO 25 DE ABRIL, A MEMÓRIA NÁO SE PODE APAGAR

 Neste ano em que se comemoram 50 anos sobre a revolução de Abril, muitos querem fazer desaparecer a memória.

Na Assembleia da República, deputados do PSD e do CDS ajudaram a eleger um homem, que foi do MDLP,  como vice-presidente daquela assembleia.

As mortes do Padre Max e de Maria de Lurdes, assassinados por aquele movimento fascista, vai pesar-lhes na consciência.

E não venham falar de Abril quando fazem tudo para que a memória da revolução dos cravos se apague.

Aqui, na luta, na rua, seja onde for, não deixaremos que a memória se apague. Não deixaremos que os lutadores contra o regime fascista sejam esquecidos.

quarta-feira, 27 de março de 2024

A GRANDE JOGADA

 Afinal, a montanha pariu um rato.

O acordo que Montenegro fez com Ventura não foi aquilo que de julgava e o país teve ontem um caso que demostra bem que o Chega veio para desestabilizar e não o contrário.

A procissão ainda vai no adro mas, espera-se que não tenha um bom fim.

Mais: o país não pode estar sujeito a jogadas destas, a politiquices e a factos desta natureza.

terça-feira, 26 de março de 2024

UM ACORDO A PENSAR NO FUTURO?

 O acordo do Chega com o PSD para não entravar a eleição do novo presidente da Assembleia da República não pode deixar ninguém descansado.

Cheira a que, no próximo futuro, o partido de André Ventura e o partido de Luís Montenegro vão andar aos beijos e abraços.

E se isso acontecer mesmo, o NÃO de Montenegro não quis dizer mesmo nada.

segunda-feira, 25 de março de 2024

FALTA DE CONHECIMENTO OU DESINTERESSE PELA TRADIÇÃO?

 É costume entrarmos num qualquer restaurante e não encontrarmos na respetiva ementa algo que nos identifique gastronomicamente a região onde nos encontramos.

Ora, isso acontece nalguns restaurantes deste concelho de Mira.

Muitas vezes, somos obrigados, para não sair sem comer, a almoçar ou jantar frango de churrasco ou bife com batatas fritas.

Será falta de conhecimento ou desinteresse pelas nossas tradições?
Honra aos restaurantes que se mantêm fiéis ás tradições.

domingo, 24 de março de 2024

ELES ANDAM AÍ

 Numa altura que é de festa para os verdadeiros democratas e amantes da liberdade, todo o cuidado é pouco, pois, os inimigos da democracia e da liberdade andam por aí.

Disfarçados de paladinos da mudança, eles querem chegar ao poder para fazer regressar o país ao antigamente.

Fascistas disfarçados de "amigos do povo", xenófobos, racistas e tudo o mais que se adivinha, eles precisam que estejamos todos atentos.

Em nome de Abril, em nome da democracia plena. Em nome da liberdade.

A luta não pode adormecer.

sexta-feira, 22 de março de 2024

SOPA GANDAREZA

 A nossa região, a Gândara, tem bem presente no seu paladar a sopa gandareza que alguns restaurantes do concelho de Mira apresentam na sua ementa.

É certo que há ainda muitas famílias que a preparam nos seus lares. O facto de alguns restaurantes a servirem é motivo mais que suficiente para que, autarquias, restaurantes, apreciadores, façam com que ela seja mais falada, seja mais conhecida.

Parece-me que está aqui um produto que nos pode identificar fora de portas.

Vamos todos pensar nisso.

quarta-feira, 20 de março de 2024

É A CONVERSAR QUE AS IDEIAS FLUEM

 Tenho por hábito sentar-me com este ou aquele amigo e conversar

Seja em Mira, ou seja onde der, as conversas vão fluindo e transformam esses momentos em momentos de partilha, de conhecimento e de memória.

Conversar é mesmo importante. Mas, não de coisas banais.

A conversa tem que ser positiva, independentemente dos conversadores pensarem do mesmo modo.

E aqui aproveito para recordar o programa "A CONVERSAR É QUE A GENTE SE ENTENDE" da RÁDIO MIRA, que, durante uma dúzia de edições, mais coisa menos coisa, fez ouvir alguns protagonistas das boas conversas, de Mira, de Vagos, da Mealhada e de Cantanhede, entre outros.

Seja onde for, conversar é mesmo importante.

terça-feira, 19 de março de 2024

SERÁ QUE ALGUÉM SE ENQUADRA?

 Na Caixa de Pandora de 13 de março , a Suzete, amiga da cronista do Jornal da Gândara que assina esta crónica das quartas-feiras,  deixa este recado:

"Em 2025 quero ter um presidente eleito na nossa Câmara que tenha perfil, que tenha carisma, que não seja arrogante, que não amue e que não tenha a memória curta. Há por aí algum candidato que se enquadre?"~

Aqui pergunto: haverá, no lote que aí vem, alguém que se enquadre mesmo nos desejos da Suzete?

segunda-feira, 18 de março de 2024

OS NOSSOS AUTORES

 A região que engloba a Gândara e a Bairrada é fértil em autores.

Homens e mulheres escrevem os seus livros em prosa ou em poesia e merecem, de todos nós, apreço pelo trabalho que desenvolvem em prol da literatura.

As feiras do livro, tal como outros encontros literários, são momentos muito importantes para a divulgação dos nossos autores.

Daqui, só peço que os nossos autarcas, destas região, não se esqueçam da importâncias dessas feiras e desses encontros.

Os amigos dos livros, onde me incluo, e os autores agradecem.

domingo, 17 de março de 2024

PORQUE RECORDAR É VIVER: UMA VIDA INTENSA

PRIMEIRAS APRENDIZAGENS

 Em miúdo, aí com 4 ou 5 anos, a minha mãe levava-me com ela para o campo onde ia trabalhar. Ficava sentado, na sombra de uma árvore ou de um chapéu-de-chuva a fazer de guarda-sol, a brincar, a ouvir as mulheres a cantar e a sentir-me cansado pois o tempo nunca mais passava. 

Chamava pela minha mãe e ela cantava, cantava...e eu berrava, berrava.

Foi nessa altura que comecei a aprender que, na vida, há que ter paciência, há que saber esperar.

Os 7 anos, fui para a escola. E foi aí (na Escola Primária do Avenal) que eu, que já conhecia e soletrava as primeiras letras, comecei a entender, a ler melhor, a escrever, a contar, a desenhar, a recortar, a pintar, a perceber, a conviver, a respeitar as professoras e os outros meninos e meninas.

Foram 4 anos em que, além de dar passos essenciais com vista a ser um homem no futuro, também aprendi a ser solidário. E a crescer. Foi um tempo em que o jogo do pião, o jogo da barra, as escondidas, as corridas e o futebol (chamado por nós o jogo da bola) fizeram parte das minhas brincadeiras. E, assim, aprendi também a brincar.

OS PRIMEIROS ANOS DE TRABALHO

Aos dez anos, comecei a trabalhar. Em Condeixa, numa sapataria, Vendia sapatos, fazia alguns recados. Dois anos depois, ainda em Condeixa, trabalhei numa empresa de eletricidade e canalizações. FAui aprendiz nessa área e também vendedor na loja da empresa. Já com 14 ou 15 anos, rumei a Coimbra onde, numa empresa de de gás, canalizações e eletricidade, fui ajudante. Durante estes anos, aprendi algo de uma profissão que, de todo, pouco ou nada me dizia. Mas, valeu pela aprendizagem da vida, pelo reforço das relações.

A FUGA E O DESPONTAR

Tinha perto de 16 anos quando, numa noite, acompanhado por um primo, fugi de casa.

No cruzamento da EN 1, junto a Condeixa, eu pedia boleia para Sul. O meu primo pedia boleia para Norte. O carro que parou ia para S. João da Madeira. Arranjei trabalho numa empresa de ornamentações de festas e, durante 3 anos, percorri, nesse trabalho, várias localidades do país. Porto, Viana do Castelo, Macieira de Cambra, Arouca, Barcelos, Lisboa, Sobral de Monte Agraço, Coruche, entre outras.

Aprendi a viver sozinho. Aprendi a gostar de viajar, Despontei politicamente e socialmente.

E aprendi a amar essa terra laboriosa que é S. João da Madeira.

A POLÍTICA TEM DESTAS COISAS

Ativista político, ainda em S. João da Madeira, vivi o chamado "Verão Quente" de 1975, onde, entre outros atos de violência, era "moda" serem assaltadas e, por vezes, queimadas sede de alguns partidos políticos, sobretudo de esquerda. Numa só semana, recordo, foam alvo dos assaltantes as sedes do PCP, do MES, da LUAR, da AOC, do MDP/CDE , do PS e do MRPP.

Durante estes dias e os que se seguiram, gente destes partidos (juntos e unidos) fizeram vigílias para evitar que os assaltos tivessem continuação. Nesses dias, pouco ou nada se dormiu, Pouco ou nas dormi.

E aprendi que, em política como na vida, é sempre mais forte o que nos une do que aquilo que nos divide.

ALENTEJO, MEU AMOR

Com a Reforma Agrária em todo o seu esplendor, em 1975, rumei até Avis para conhecer de perto o que ali se fazia, Fiquei alguns meses. Na Cooperativa 1º de Maio, fiz um pouco de tudo.

Fiz também jornalismo (no jornal "O Amigo") e fiz parte da Comissão de Alfabetização de Avis e da congénere de Benavila.

Ai ajudei alguns adultos a aprender a ler sob o método do brasileiro Paulo Freire.

Aprendi a conhecer o espetacular povo alentejano. enriqueci socialmente e politicamente e juntei mais uns pozinhos de experiência para o meu saco de conhecimentos.

Já em Coruche, no ano seguinte, conheci novas gentes, fiz novos amigos. Fui ativista cultural e político.

AS MINHAS MAIORES OBRAS E AS OUTRAS

De tudo o que fiz na vida, mais algumas coisas posso destacar. Destaco uma que é, digamos, um três em um. Refiro-me ao nascimento das minhas filhas, a Vera em 1987 e a Joana em 1996, as minhas maiores obras de sempre. E outro filho, o Jorge nascido em 1979, que ganhei com o meu casamento com a Isabel.

Aqui reforcei a ideia de que o amor tudo vence, que o amor fala sempre mais alto.

JORNAIS E RÁDIOS

Destaco a minha passagem por jornais e rádios até avançar com os meus próprios projetos, o Jornal da Gândara, primeiro em papel e agora online, e a Gazeta Popular.

Foram muitos anos em que reforcei os meus conhecimentos nas áreas do jornalismo e da comunicação.

Em que conheci novos protagonistas, em que dei a palavra a leitores e ouvintes.

AS TERTÚLIAS DE BOA MEMÓRIA

Em 2011 e 2012, fui programador do Movimento Cultura e Cidadania, uma ideia da Arsénia e do Luís Isidoro, que revolucionou o meio com as tertúlias no Café Aliança e a iniciativa de homenagem a Zeca Afonso e a Adriano Correia de Oliveira a 28 de abril de 2012,

As tertúlias vão regressar em setembro.

OS ANOS NO ARQUIVO

De 2005 a 2022, com alguns meses de intervalo pelo meio, trabalhei, através de um acordo entre a edilidade mirense e o Centro de Emprego, no Arquivo Municipal de Mira.

Foi um tempo inesquecível. Onde há amigos que perduram.

Deixei aqui muito do que fiz ao longo dos tempos.
Porque RECORDAR É VIVER.

sexta-feira, 15 de março de 2024

NÃO SE FAZEM NOTÍCIAS SEM JORNALISTAS

 Os jornalistas estão em luta. Contra aqueles que entraram nas empresas de Comunicação Social e demostram nenhum respeito pelos jornalistas. Contra os despedimentos coletivos, pelo respeito que a classe merece.

O que tem vindo a acontecer no JN, no DN e na TSF, merece da nossa parte total repúdio.

A greve de ontem mostrou o quanto a classe quer ser respeitada, o quanto a luta é pertinente e urgente.

NÃO SE FAZEM NOTÍCIAS SEM JORNALISTAS.


quinta-feira, 14 de março de 2024

25 DE ABRIL, 50 ANOS

 Este é o ano de festa, da festa da esperança, da festa da alegria, porque é tempo de festejar Abril.

A cidadania ativa não vai deixar os seu créditos por mãos alheias e vai festejar junto com o coletivo.

Os partidos da esquerda nacional vão festejar, como é seu apanágio.

A escolas festejam juntando professores e alunos.

Os sindicatos festejam lutando por tempos menos amargos.

As ruas vão-se encher com os gritos de liberdade.

E ABRIL CONTINUARÁ BEM VIVO EM CADA UM DE NÓS!

quarta-feira, 13 de março de 2024

EM SETEMBRO, REGRESSAM AS TERTÚLIAS DE BOA MEMÓRIA


 Setembro vai ser, para Mira, o mês em que vários cidadãos ativistas vão fazer regressar as tertúlias de boa memória. E que, na altura, o Movimento Cultura e Cidadania organizou.

A um ano, mais coisa menos coisa, das autárquicas de 2025, é importante que estes eventos se realizem.

Mira e o seu concelho precisam de ser discutidos, de ser debatidos, de sentir novas ideias, de construir um novo desenvolvimento.

Será a "pedrada no charco" de que Mira carece.

terça-feira, 12 de março de 2024

SE O 25 DE ABRIL NÃO EXISTISSE...

 Quanto alguém nos chama doentes porque somos "pegados" ao 25 de Abril, não está a ver que, se fosse o caso, éramos milhões a estarmos doentes. Os poucos que teimam em chamar doentes aos outros não respeitando as suas ideias não merecem mais palavras. Não merecem que percamos tempo com eles. E até se esquecem que só podem dar as suas opiniões ou mesmo chamar nomes aos outros porque existiu o 25 de Abril. E quem acha que o 25 de Abril é pertença deste ou daquele partido, não conhece os valores que nortearam a Revolução dos Cravos. O 25 de Abril é um momento que recordaremos sempre apostando na unidade. Doa a quem doer.

segunda-feira, 11 de março de 2024

A ESQUERDA VERDE NÁO SÓ TEM ESPAÇO COMO ESTÁ A SUBIR

 A Esquerda Verde que o LIVRE apregoa e defende ganhou força nas eleições de ontem.

O partido elegeu 4 deputados, Rui Tavares, Isabel Mendes Lopes, Paulo Muacho e Jorge Pinto, e é um dos vencedores da noite.

A persistência surtiu efeito.

O LIVRE está de parabéns.


ONDE VAMOS PARAR?

 Com os resultados das eleições deste domingo, parece que o país se tornou numa casa sem governação.

A AD irá formar governo mas, o futuro do mesmo parece ter os dias contados.

Pronto a fazer frente como os seus 48 deputados, o partido de André Ventura vai estar atento e, até pode, estar já a preparar-se para dar o salto rumo a umas novas eleições.

Uma pergunta se coloca:

ONDE VAMOS PARAR?

BOLO NEGRO DE LORIGA

 Dado que vivi e trabalhei em Loriga, no concelho de Seia, tenho um conhecimento razoável do que é o bolo negro de Loriga, isto mais do pont...