terça-feira, 31 de dezembro de 2024

RECORDANDO O MUNAF

 Fundado a 31 de dezembro de 1943, o Movimento de Unidade Nacional Antifascista (MUNAF) foi uma organização política clandestina de oposição ao Estado Novo.

Neste movimento estavam representados, entre outros, o Partido Republicano, a União Socialista, o PCP, a Maçonaria e o grupo da revista Seara Nova. E, ainda, católicos, monárquicos e anarquistas.

Norton de Matos, Bento de Jesus Caraça, Piteira Santos e José Magalhães Godinho foram alguns dos seus diretores.

O movimento foi dissolvido em 1945.


CRÉDITOS: WIKIPÉDIA


O GOLPE DE BEJA

 Em 1961, a 31 de dezembro, há 63 anos, teve lugar o Golpe de Beja contra a ditadura do Estado Novo.


Humberto Delgado entrou clandestino no país para comandar a revolta.

Nesta data, recordamos aqui os antifascistas e o General sem Medo que, anos mais tarde, a 13 de fevereiro de 1965, foi assassinado em Olivença pela PIDE.

Um hediondo crime do regime fascista que mandava em Portugal.


CRÉDITOS: RTP

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

NUNCA IR POR AÍ

 "Vem por aqui" - dizem-me alguns com olhos doces, 

Estendendo-me os braços, e seguros

De que seria bom se eu ou ouvisse

Quando me dizem: "vem por aqui"!

Eu olho-os com olhos lassos,

(Há, nos meus olhos, ironias e cansaços)

E cruzo os braços. 

E nunca vou por aí.

in "Cântico Negro, José Régio


É isso. Tal como escreve o poeta, eu sou um dos muitos que não vai por aí.

Sou, como tantos, um cidadão que pensa por si, que não vai em cantigas e, muito menos, não acredita em promessas vãs.

Neste emaranhado político que o país vai contando, há que saber ver a diferença nas ideias e, sempre, pensar por si e nunca ir por aí.




domingo, 29 de dezembro de 2024

A 3 DIAS DO ANO NOVO

 A 3 dias de 2025, começa-se já a pensar que temos, nós, de estarmos atentos para com este novo ano esquecermos as agruras do velho.

Coisas boas podem acontecer. Teremos que fazer por isso.

Devemos, então, e ainda, encarar o novo ano como um ano de novas lutas, um ano de retomarmos as lutas velhas.

Que 2025 seja o ano em que possamos realizar os nossos sonhos, em que possamos ter um SNS a funcionar em pleno.

Em que possamos, todos os dias, continuar a construir e a cumprir ABRIL.


CRÉDITOS: FASHION BUBBLES


sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

RICARDO JORGE

 Ricardo de Almeida Jorge nasceu no Porto a 9 de maio de 1858 e faleceu em Lisboa a 29 de julho de 1939.

Médico, investigador, higienista, Ricardo Jorge foi professor de medicina e introdutor em Portugal das modernas técnicas e conceitos de saúde pública.

É dele esta frase: "O maior mal não é o analfabetismo, é o iletrismo das classes dirigentes, dos próprios órgãos da opinião e das classes diplomadas."

O Instituto Nacional de Saúde tem o seu nome.

O médico e escritor mirense João Frada escreveu o livro "Ricardo Jorge (1858-1939), vida, obra e contributos para a história da higiene, do sanitarismo e da epidemiologia", editado pela CLINFONTUR em 2009.


CRÉDITOS: WIKIPEDIA, WOOK



quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

SER CIDADÃO DE CORPO INTEIRO

 Ser cidadão de corpo inteiro é ser ativo e colocar a sua cidadania ao serviço dos outros.

Seja nos clubes, seja nas associações, seja nos coletivos, seja de forma individual, podemos ajudar a construir um futuro melhor. 

E se soubermos dar as mãos em prol do que é importante, então, estamos a viver uma cidadania plena.

A nossa cidadania ativa ajuda a não apagar a memória, ajuda a cumprir ABRIL.

Pode contribuir para dizer não ao racismo e á xenofobia.

Façamos desta época festiva, façamos do ano que aí vem, uma jornada de luta por um futuro mais risonho para todos nós.



domingo, 22 de dezembro de 2024

NÃO DEIXES QUE TE ENCOSTEM À PAREDE. MARCHA!

 Com o título acima, vai decorrer em Lisboa, da Alameda ao Martim Moniz, dia 11 de janeiro, uma marcha contra pela LIBERDADE e IGUALDADE, contra a fascização, o racismo, a xenofobia e o preconceito.

Espera-se que coletivos, associações, partidos e cidadãos participem em massa nesta iniciativa democrática.

A luta não pode parar.

A imagem que ilustra este texto é uma imagem que cheira à noite negra do fascismo. Não podemos ignorar.

CRÉDITOS: CONVERGÊNCIA


sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

FLORÊNCIO NETO

 Autor de "Os Dramas da Emigração Clandestina 1963", Florêncio Neto nasceu na Lentisqueira, Mira, e foi um homem que viveu na clandestinidade e que esteve preso em Caxias.


O seu livro foi editado em 1975 pela Atlântida Editora, de Coimbra.

Voltando ao autor, que mais tarde escreveu um livro de poesia, diga-se que foi um homem que viajou muito, que viveu muito, que foi alguém que não podemos esquecer.

Nascido em 1914, Florêncio Neto faleceu em Torres Vedras em 1982.

"Os Dramas da Emigração Clandestina 1963" é um livro que recomendamos.

Conforme se pode ler no jornal "O PONTO", num trabalho assinado por Nuno Margarido, este livro "é uma narrativa com algum dramatismo e outras passagens hilariantes. Tem um valor literário histórico e relativo."

OS VAMPIROS


 "Eles comem tudo e não deixam nada", cantou Zeca Afonso.

Os vampiros, disfarçados de capitalistas, lá vão engordando enquanto o número de pobres aumenta de forma assustadora.

Cumprir Abril é o lema da luta de todos aqueles para quem Abril é sinónimo de liberdade, é sinónimo de igualdade.

E chegamos a esta época natalícia onde a PAZ é palavra de ordem no pensamento e no desejo de todos, sejam crentes ou não crentes.

Que estes tempos de festa sejam aproveitados para pensarmos todos que há guerra, seja onde for, porque os vampiros a fomentam.




CRÉDITOS: OUTRAS PALAVRAS, COLETIVO COMUNISTA REVOLUCIONÁRIO

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

O REGENTE REI

 Manoel Alberto Rei, conhecido como Regente Rei, foi regente florestal de 1918 a 1922.

Escreveu, em 1924, "Pinhais e Dunas de Mira", foi diretor do Ginásio Figueirense, e fundou, em 1915, a delegação da Cruz Vermelha na Figueira da Foz.

O Centro de Documentação Ambiental, situado na mata das Dunas de Quiaios, tem o seu nome.

Tem uma rua com o seu nome na Praia de Mira.

Faleceu em 1943, na Figueira da Foz, onde residia e onde nasceu em 1872.



O livro atrás referido foi reeditado muito recentemente pela Câmara Municipal de Mira.

CRÉDITOS: ARQUIVO MUNICIPAL DE MIRA, BLOG DO MANÉL



terça-feira, 17 de dezembro de 2024

A IDENTIDADE E O ISOLAMENTO DAS ALDEIAS

 Quando uma escola fecha numa aldeia, essa aldeia perde identidade. E inicia o seu caminho para o isolamento.

Se juntarmos a isso o abandono notório das autarquias, então...o isolamento nas aldeias é o prato do dia.

Depois, a falta de caixas Multibanco nas mesmas, engrossa esse isolamento. A propósito, neste concelho só temos caixas Multibanco em Mira, na Praia de Mira, no Seixo e em Portomar.

Escreveu Camões que "mudam-se os tempos, mudam-se as vontades".

Não acredito que as coisas mudem nos tempos mais próximo mas, acredito que outros tempos virão.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

O RAMAL ABANDONADO


 Há vários anos atrás, se a memória não me falha, em 2011, por iniciativa do Movimento Cultura e Cidadania, teve lugar, no Café Aliança, em Mira, um debate sobre o ramal ferroviário que ligava a Pampilhosa à Figueira da Foz, onde participaram representantes do PS, do PCP, do PCTP/MRPP, do então PNR, do Bloco de Esquerda e mandaram mensagens o MPT e o então Partido do Norte.  Unânimes na defesa do ramal, os presentes acordaram que se realizasse, em Cantanhede, uma manifestação em defesa do mesmo. O que aconteceu.

Tantos anos depois, o ramal foi completamente abandonado, nalgumas parte do percurso destruído, e é pena que não tenha sido aproveitado para efeitos turísticos, como outros foram.


Créditos fotográficos: Erickson Júnior


domingo, 15 de dezembro de 2024

GOSTAVA DE VER POLÍTICOS AUTARCAS MAIS FORA DOS GABINETES

 Gostava que os nossos políticos, os autarcas, descessem mais ao povoado. Saíssem mais dos gabinetes.

Visitassem os diversos serviços várias vezes durante o seu mandato e não apenas quando cheira a eleições.

Ouvissem mais os potenciais eleitores e tivessem mais respeito para com as oposições.

E dessem mais atenção aos chamados pormenores e não deixassem assim de ver desses pormenores completamente ao abandono vai para 8 anos.

Gostava que olhassem a política de modo sério e não como politiquice.



COMBOIO NA DUNA

 Nos finais do Século XIX, existiu um comboio, de iniciativa empresarial, que ligava a Vagueira à Praia de Mira e à Lagoa.

No seu livro "Comboio na Duna", editado pela Gradiva e galardoado com o Prémio Literário João Gaspar Simões 2021, da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Silvério Manata, escritor natural dos Carapelhos, Mira, faz-nos um retrato romanceado da época em que Mira teve comboio.

Um livro que aconselhamos.



sábado, 14 de dezembro de 2024

A INVESTIGAÇÃO DOS AUTORES

 Voltamos aos livros para referir que, quando um livro nos chega às mãos, não fazemos ideia do trabalho que foi preciso fazer para que a obra pudesse chegar aos leitores.

Nã temos, muitas vezes, noção da investigação dos autores em arquivos para que o que virão a escrever seja baseado na verdade, na história.

Aos autores, de forma geral, e aos autores desta região em que nos inserimos, fica o nosso obrigado.


sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

AQUELES QUE NÃO SE ESQUECEM

 Temos dentro dos autores portugueses alguns que escrevem, escreveram, sobre figuras importantes, seja na história, na política, na cultura.

São muitos os que se enquadram neste grupo mas, hoje e aqui apenas vou referenciar alguns dos meus amigos autores.

António Canteiro, Rui Bondoso e Carlos Carranca.

O primeiro soube debruçar-se sobre a vida do poeta António Nobre, do músico António de Lima Fragoso e do fotógrafo Eduardo Varela Pècurto.

O segundo, debruçou-se sobre a vida de Eduardo Salgueiro. o editor esquecido da Editorial Inquérito.

O último dos três debruçou-se sobre o poeta Miguel Torga e sobre o músico Carlos Paredes.

Provaram, provam. que têm, tiveram, memória e contribuíram para um maior enriquecimento dos leitores.

Deixo aqui a minha homenagem a estes amigos autores.










OS QUE SE AFASTAM

 De um ato eleitoral ao outro, e falamos de Autárquicas, há eleitores, de todos os partidos, que se afastam e engrossam o número de abstencionistas.

Esse afastamento deve-se a muitas coisas, nomeadamente cansaço dos discursos que já não seduzem, das promessas não cumpridas, do deixa andar de alguns autarcas, da falta de uma oposição capaz, entre outras coisas.

Até ao próximo ato eleitoral autárquico, os partidos vão ter muito a fazer para diminuir este abstencionismo que teima em crescer.

Daqui, peço ao povo que não vire a cara à luta, que cumpra o seu dever de participar, votando.

Seja cidadão, use a sua cidadania para fazer com que os principais protagonistas da política autárquica olhem para si de frente. Olhem para si com olhos de ver e saibam dar-lhe o valor que lhe é devido.

ASSIM, NÃO VAMOS LÁ

 Quando uma entidade como a Agência Anticorrupção "nunca compra bens e serviços por concurso público",(título de primeira página do PÚBLICO),  apetece perguntar:

Onde está a credibilidade e a transparência?

E parece que a sua missão de fiscalizar nem existe.

É assim vai o combate aos corruptos em Portugal com uma entidade estatal a fazer o seu pior.

Assim, não vamos lá.

A tolerância zero onde está?


quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

MEMÓRIAS DO ALENTEJO

 As minhas memórias do Alentejo são reduzidas. Limitam-se a uns anos de trabalho em Avis e de umas visitas a Campo Maior e a Castro Verde.

Ao contrário, muitos, sobretudo gandareses, têm do Alentejo memórias mais completas, mais ricas.

E, quando há livros que os remetem para o reavivar dessas memórias, então é um misto de memória e de emoção que os invade.

Os recentes livros de António Canteiro e de José Vinha enquadram-se neste rol de memórias do Alentejo.


terça-feira, 10 de dezembro de 2024

ESCOLHAS PACIFICAS OU TALVEZ NÃO

 A escolha dos cabeças de lista dos diversos partidos para a Câmara Municipal de Mira, nas próximas autárquicas, deve ser pacifica. Ou talvez não.

Do lado do partido que governa atualmente o concelho, a escolha pode não ser lá muito pacifica. Embora muitos apregoem que o candidato é o atual presidente, sabe-se que existem mais 2 ou 3 interessados no lugar. E, aí, a coisa pode tornar-se difícil.

Na oposição, no PS, parece-me que não haverá problemas e que a escolha será (mais ou menos) unânime.

Vamos ver.

Quanto ao partido que tem um deputado municipal, o Chega, não vejo que possam acontecer surpresas.




DIREITOS HUMANOS

 Hoje é o Dia dos Direitos Humanos. 

Direitos que muitos defendem e lutam por eles.

E em que outros os atropelam todos os dias.

Pensemos nisso. Façamos algo por estes direitos.



sábado, 7 de dezembro de 2024

MAIA ALCOFORADO, O REPUBLICANO

 José Francisco de Paula da Ressurreição Oliveira MAIA ALCOFORADO nasceu em Panoias, Ourique a 2 de abril de 1889.

Republicano, revolucionário, andou por muitas terras, foi perseguido e preso pela então PVDE, o nome da polícia fascista nesse tempo, e, como por vezes referia, foi atirado para Mira.

Aqui foi lutador, aqui escreveu, aqui fez intervenção associativa, aqui foi patrono da taça como o seu nome que era dada ao melhor marcador do Ala Arriba em cada época.

Colaborou em vários jornais, nacionais e regionais, trabalhou na Biblioteca Itinerante da Fundação Gulbenkian, foi membro da comissão executiva do Monumento aos Mortos da Grande Guerra.

Entre as várias homenagens, refira-se a realizada pelo Jornal da Gândara, em colaboração com a edilidade mirense, quando se colocou a placa na rua de Portomar que lhe tinha sido atribuída.

Também a realizada no Café Aliança, da responsabilidade do Movimento Cultura e Cidadania, e a mais recente na Biblioteca Municipal de Mira.

Autor de "Á Boca Pequena" e de, entre outros, "Cartas que Vogam" e "Poalha Doirada", Maia Alcoforado merece ser lido e descoberto pelas gerações mais novas.



QUE A POLÍTICA SEJA LEVADA A SÉRIO

Em 2025, ano de autárquicas, espero muito sinceramente que os partidos que dominam por cá, concelho de Mira, façam política séria e não embarquem na politiquice barata, no insulto gratuito.

Aqui não precisamos disso.

Precisamos, isso sim, que se faça tudo para dignificar a política, para engrandecer o concelho.

Precisamos de sentir que, ao longo do próximo ano, os partidos fazem tudo para nos elucidar sobre o que defendem para o concelho.

Se assim não for, então estarão a contribuir para que, cada vez mais, as pessoas se abstenham de participar, se abstenham de votar.

Que a política, por cá, seja levada a sério.

Darei o meu contributo para que isso aconteça.


Créditos: Diário Rombe


quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

É PRECISO CRIMINALIZAR O RACISMO E A XENOFOBIA

 O Grupo de Ação Conjunta contra o Racismo e a Xenofobia, que junta 81 coletivos, anunciou que vai apresentar à Assembleia da República uma iniciativa para alterar o Código Penal e tornar crime todas as práticas racistas e xenófobas.


A iniciativa será apresentada a 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Segundo este grupo, "esta medida contribuirá para travar, de forma decisiva, o combate cultural e civilizacional contra o racismo" impondo a responsabilidade penal adequada.

COR DO LUAR, este blogue, está com este grupo nesta luta contra o racismo e a xenofobia.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

CASAS ABANDONADAS

 As denominadas casas do guarda, que eram ocupadas por guardas florestais, abundam pelo concelho de Mira.

Hoje, estão ao abandono, com telhados e paredes a cair, pois, ao longo dos tempos, quem deveria olhar por elas não fez.

O Estado esteve-se sempre nas tintas para este património.

A destruição, o abandono total, deixam cair estas casas de boa memória.



domingo, 1 de dezembro de 2024

PALESTINA LIVRE

 "Contra a impunidade, pela justiça, Palestina Sempre!" foi o mote para a concentração ocorrida ontem, em Lisboa, para "denunciar a impunidade vergonhosa de Israel e exigir que os representantes políticos façam uso do seu poder para responsabilizar Israel e para por fim a esta agressão sionista, na Palestina e no Líbano."

Enquanto os EUA tratarem Israel como o bom da fita, enquanto muitos olharem para o lado, as agressões sionistas continuarão.

Lutar, gritar bem alto por uma Palestina Livre é o que devemos continuar a fazer. 


Créditos: Manifesto 74


BOLO NEGRO DE LORIGA

 Dado que vivi e trabalhei em Loriga, no concelho de Seia, tenho um conhecimento razoável do que é o bolo negro de Loriga, isto mais do pont...