O facto de ser pai e de ter uma vasta experiência como dirigente associativo na área, obriga-me a não ficar de fora nestas coisas da educação.
E merece especial destaque o facto de, mesmo em pleno século XXI, haver pais que acham que a escola é simplesmente um depósito de filhos onde se pode participar, apenas e só, para ofender os professores e as auxiliares de educação bem como os meninos que se “portam mal” com os filhos destes “modernos” pais.
A participação dos pais e encarregados de educação na escola nunca esteve tão contemplada como agora. E compete a cada um de nós – pai, mãe, avô, avó, tio, tia, irmão, irmã – participar com o professor e nunca contra o professor.
A nossa participação na escola não pode partir do princípio de que são os nossos particulares interesses que devem ser defendidos. Acima dos nossos interesses, estão sempre os interesses das crianças.
Diariamente somos chamados a participar na vida da escola e temos obrigação de o saber fazer. Partindo do princípio de que a escola dá instrução, somos obrigados a preparar em casa o caminho das nossas crianças para a entrada na escola. E como? Dando-lhes educação.
E ajuda muito o que podemos absorver na informação que podemos consultar nos livros (Daniel Sampaio tem obra muito importante nesta área) e na Internet e nas conversas com pedagogos e outros entendidos na matéria.
Nas reuniões, nas tomadas de posição sobre esta ou aquela alteração física que a escola precisa, os interesses das crianças estão sempre em primeiro lugar.
Pais e seus representantes, pessoal auxiliar e professores, autarcas, só podem estar unidos para que os interesses das crianças/alunos sejam a única coisa que importa.
Só assim, deixando outros interesses de lado, fugindo a manobras políticas que nada têm a ver com a escola, se pode construir a escola do futuro, se pode construir um amanhã diferente para os nossos filhos, para todas as crianças e jovens.
O egoísmo, a má educação e o “deixa andar” de uns quantos não pode minar toda uma maioria que, acreditamos, quer trilhar o caminho certo. O tal caminho que nos diz que, efetivamente, só as crianças importam.