SETEMBRO VERMELHO

 A fazer fé nas luta de trabalhadores que se anunciam, nas atividades que vários partidos de esquerda, sobretudo o PCP, o BLOCO DE ESQUERDA e o LIVRE vão fazer, e nalgumas posições que surgem de vários coletivos, o mês de setembro vai ser vermelho.

Serão dias de luta, de ação, de discussão, de convívio, de unidade, que podem servir para pensar um futuro diferente, para, mesmo, criar a unidade necessária para ir juntos às Autárquicas de 2025.

Que a UNIDADE possa ser construída e comece já neste SETEMBRO VERMELHO.

NUNES VIDAL

 Nunes Vidal, ator, animador, encenador, dramaturgo, pertenceu ao elenco do Teatro Experimental do Porto (TEP) onde entrou em 1962 e onde foi protagonista da peça "O Vagabundo das Mãos de Ouro", de Romeu Correia.

Assumiu, depois, a direção artística do TEP e, mais tarde trabalhou com a Junta Central das Casas do Povo onde foi o único técnico de teatro.

A ele se deve a formação de inúmeros grupos amadores de teatro das Beiras, como por exemplo, o  Grupo de Teatro da Casa do Povo de Condeixa. Grupo onde o autor deste texto foi presidente e onde lidou de muito perto com este homem do teatro.

Escreveu a peça "Caminhos", que assinou como Monteiro Nunes.

Em 1966, foi ator no filme "Mudar de Vida", de Paulo Rocha, que tinha música de Carlos Paredes.

Em 1974, Nunes Vidal foi animador cultural da delegação de Coimbra do então FAOJ.

Tem em Condeixa uma travessa com o seu nome.

GENTES QUE PALPITAM E OUTROS QUE TAIS

 Quando se mandam indiretas sobre os possíveis adormecimentos de alguns, quando não se conhece o seu passado ativo, o melhor é não dar palpites.

Infelizmente, as redes sociais estão cheias disso.

E, quem estiver adormecido que acorde. Quem for perito em dizer aquilo que não anda próximo da verdade, sobre coisas que pensa dominar mas não domina, é melhor ir bater a outra porta.

Andamos por cá há muito tempo, temos experiência comprovada naquilo que sabemos fazer, e não é agora um qualquer, que descobriu esta terra muito recentemente, que nos vem dar lições.

E, é claro, todos saberão que os comunicadores são apenas aqueles que comunicam. Escrevendo e falando.

ANGELA DAVIS

 Professora, filósofa, feminista, comunista, Angela Davis, nascida em 1944 no Alabama, várias vezes premiada, é uma mulher de luta, tendo-se destacado nos EUA mas, não só.

Em 2020 ela foi considerada uma das 100 mulheres mais influentes do Mundo.

"Numa sociedade racista, não basta não ser racista, é necessário ser-se antirracista", é uma das suas frases.

Angela Davis pertenceu ao braço totalmente negro do Partido Comunista dos EUA, CLUBE CHE-LUMUMBA, que visava homenagear os revolucionários Che Guevara e Patrice Lumumba.

Foi candidata a vice-presidente dos EUA na nomeação do seu partido e em que o candidato a presidente era Gus Hall, em 1980 e em 1984.

Pertence à Academia Americana de Artes e Ciências desde 2021.

Créditos: Outras Palavras.

E A PLACA CONTINUA NO CHÃO

 A 23 de junho, escrevi isto, no espaço DEBAIXO D´OLHO do Jornal da Gândara:

"A geminação existente entre Mira e Lagny-sur-Marne tem vindo a dar frutos e é sempre lembrada.

Mas, devia haver mais cuidado com as placas que identificam esta geminação que existe desde 2001.

Um desses casos, na entrada dos Leitões, porta de entrada deste concelho, está como não devia estar.

A placa está caída vai para 4 meses e parece que ninguém viu."

E o que chega a ser caricato é que, nem a vinda da delegação francesa a Mira, como aconteceu nas festas do concelho, serviu para se terem lembrado de tirar a referida placa do chão e colocá-la no sítio devido.

Enfim!

COLIGAÇÕES EM MIRA, NÃO ME PARECE

 A um ano e qualquer coisa das Autárquicas, quem olha a política mirense com olhos de ver sabe, está farto de saber, que não haverá coligações por cá.

A tradição diz-nos isso mesmo.

Ao longo dos anos, PSD, PS, CDU e CDS concorreram sempre a solo e, para além destes, tivemos por cá candidaturas dos GDUP, do MPT, do MAR e de uma lista afeta a um homem do turismo cá do sítio. Isto, se a memória não me falha. E, mais recentemente, do CHEGA.

É claro que existem desejos de uma unidade de esquerda que englobe o PS e gente de outros partidos e muitos independentes. Mas, isto é um sonho que não acredito que se vá concretizar.

A não aparecer alguma surpresa, vai ser tudo como tem sido.

HÁ COISAS QUE NÃO DÃO PARA ENTENDER

É no mínimo estranho a falta de stands das juntas de freguesia no recinto onde decorrem as festas de S. Tomé, festas de âmbito concelhio.

Isto contraria o que sempre aconteceu, as 4 autarquias das freguesias sempre estiveram com os seus stands nas festas.

A decisão da não comparência das freguesias de Mira, do Seixo e dos Carapelhos não sabemos se foi das próprias ou não. Mas, a não presença da autarquia da Praia de Mira, melhor a decisão da edilidade, foi já explicada pelo seu presidente.

Seja como for, não dá para entender esta falta de presença das freguesias nestes festejos.

Há coisas que não dá, mesmo, para entender.

PORTUGAL SENTADO

 O Portugal sentado são duas palavras muito usadas, em conversas descontraídas, pelos homens e mulheres da Comunicação Social.

É assim, sentados a preceito, que os políticos fazem e desfazem, programam e suspendem, adiam e assobiam para o lado.

É assim, também, que muitos ouvem os discursos dos outros, que segredam ao ouvido do parceiro do lado quando aquilo que ouvem não lhes agrada.

É ainda desta forma que se comemoram os feitos em almoços, lanches e jantares que, geralmente, o erário público paga.

A FORÇA DOS JORNAIS DE PAREDE

 Há muitos anos atrás, logo depois de Abril, os jornais de parede foram criados e colados um pouco por todo o país.

Da responsabilidade de alguns carolas, de associações e movimentos cívicos, e mesmo de partidos políticos, os ditos jornais faziam chegar ao povo as últimas das suas terras ou de causas em que era importante propagandear.

O autor destas linhas teve papel ativo nesta onda dos jornais de parede e o balanço que, hoje, pode fazer é que foi muito positivo.

Uma recordação que aqui memorizo e que saliento como importante em determinada altura da nossa democracia.

A ESPERANÇA DOS DIAS CLAROS

 Há 50 anos, a 25 de abril, os capitães e os soldados trouxeram-nos a liberdade.

Trouxeram-nos a esperança num futuro melhor e livre, deram-nos a esperança dos dias claros.

Hoje, é importante, muito importante, que a memória não se apague, que as comemorações destes 50 anos tenham continuidade.

Seja no café, no escritório, na fábrica, na rua, em casa, ou seja onde for, ABRIL é, deve ser sempre, motivo de lembrança. Motivo de alegria e de festa.

Com ABRIL venceremos.

UM SECRETÁRIO DO PIOR

 A notícia na Sábado desta semana dá-nos conta que José Cesário, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, nomeou para seu secretário pessoal um tal Vitório Rosado Cardoso, que "elogia Franco e Salazar, a PIDE e o Chega."

Numa altura em que a extrema-direita vai crescendo um pouco por todo o mundo, numa altura em que o fascismo mete as garras de fora, o ato de José Cesário não deixa de ser um branqueamento dessa mesma extrema-direita e desse mesmo fascismo.

É por estas e por outras que o PSD deixa muito a desejar, não merece grande crédito.

MAIS DE UM MILHÃO DE UTENTES SEM MÉDICO DE FAMÍLIA: ONDE É QUE ISTO VAI PARAR?

 Mais de um milhão de utentes do SNS estão sem médico de família e a notícia já não é nova.

Assim, é difícil quebrar velhos hábitos de ir procurar nas urgências dos hospitais uma solução de doença aguda, mesmo que não seja urgente.

Isto está assim por várias razões. Uma delas terá a ver com a saída de médicos do SNS para o privado.

No caso concreto de Mira, sabe-se que há famílias que tiveram médico de família toda a vida e, agora, estão sem ter.

Seja em Mira, seja onde for, este é um problema que mina o SNS.

UNIDADE À ESQUERDA VENCE ELEIÇÕES EM FRANÇA

 A Nova Frente Popular, uma união  de esquerda que junta socialistas, comunistas, ecologistas e outros, venceu as eleições em França.

A extrema-direita, que venceu a primeira volta destas eleições, ficou na terceira posição.

Como escreveu Rui Tavares, "para quem passou anos a ver a normalização da extrema-direita em França, esta eleição é um sinal de esperança para a Europa. É agora preciso, mais do que nunca, sinais de responsabilidade numa governação social e ecológica que defenda a democracia."

Aqui saudamos esta vitória da Esquerda e regozijamo-nos pelo sentido de responsabilidade do povo eleitor que atirou lá para trás a extrema-direita.

COMUNISTAS

 Parece ser pacífica a informação de que existem comunistas em muitos dos nossos partidos e não só no PCP.

Sabemos também que, na Europa, os tradicionais partidos comunistas ou mudaram de nome ou, simplesmente, desapareceram do mapa.

Ao longo dos tempos alguns teóricos denominaram partidos como a então UDP e o PCTP-MRPP como esquerdistas com todo o fardo negativo que essa denominação trazia.

Hoje, quer no Mundo, quer na Europa, quer em Portugal, as coisas são diferentes.

Foi constituída a Internacional Comunista Revolucionária, vários organismos aderiram e, em Portugal, o Coletivo Comunista Revolucionário está em fase de crescimento.

Ser membro de um partido comunista, hoje, já não é como era dantes.

Ser comunista, hoje, como antes, é ser seguidor, seja lá onde for, das ideias de Marx, Engels, Lenin e Trostky.
E ser defensor de um país melhor, de uma sociedade mais justa.

O QUE NEM SEMPRE É CLARO NA RELIGIÃO

A religião tem várias vertentes e, neste emaranhado de igrejas e seitas, há para todos os gostos e, pode mesmo dizer-se que, nesta coisa das religiões, cada um acaba por ter a sua. 

Depois, na religião que tem mais adeptos, uns praticantes e outros não, há coisas que me deixam boquiaberto quando sinto ou vejo o aproveitamento da mesma pelos poderes que, mesmo havendo separação entre a Igreja e o Estado, ficam sempre em pulgas para irem debaixo do andor em qualquer procissão. Ou quando me cheira que certos peditórios feitos por seguidores da dita igreja não têm a transparência que se deseja. 

Sempre respeitando as crenças dos outros, os não crentes não se devem fechar e devem dizer o que sentem. 

Sobretudo devemos estar alerta quando sentimos que a democracia anda, por vezes, arredada destes conceitos religiosos.

Enfim, na religião nem sempre tudo é claro. 

SERÁ QUE EM MIRA A ESQUERDA TAMBÉM PENSA EM UNIR-SE NAS PRÓXIMAS AUTÁRQUICAS?

 O LIVRE desafiou os restantes partidos que integram a Esquerda para reunirem afim de encontrarem soluções para uma unidade plena nas Autárquicas de 2025.

Já há respostas e, segundo alguns comentadores, é bem possível "termos coligações em Lisboa e no Porto, por exemplo".

A pergunta que interessa fazer, agora e aqui, é se a Esquerda em Mira é capaz de se unir para, digamos, almejar uma vitória nas próximas eleições autárquicas. 

Será que vai acontecer essa união por cá?

O PERDEDOR NÃO OLHA A MEIOS PARA ATINGIR OS SEUS FINS

 André Ventura afirmou "precisar" que os polícias se manifestassem na  próxima quinta-feira dentro e fora do Parlamento.

Os polícias não lhe apararam o jogo até porque, dizem, "estes apelos não são próprios" e, dizem ainda, que "não se espera que um líder político apele, seja a polícias, seja a qualquer outro setor da administração pública".

Com resultados que nunca esperou ter assim tão negativos nas Europeias, o líder do CHEGA tornou-se um perdedor. Perdedor perigoso que "precisa" de mostrar força e que não olha a meios para atingir os seus fins.

AMILCAR CABRAL

 "As crianças são as flores da nossa luta" é uma frase que definia bem Amílcar Cabral, um lutador contra o colonialismo e pela independência da Guiné-Bissau e de Cabo Verde.

Assassinado aos 48 anos por gente do seu partido, a 20 de janeiro de 1973, a luta armada não esmoreceu com a sua morte e intensificou-se e, a independência da Guiné-Bissau foi proclamada, unilateralmente, a 24 de setembro de 1973.

Hoje, Cabral é lembrado por todo o mundo como um revolucionário  e um líder  maior na história da humanidade.